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Rafael José da Cunha

Rafael José da Cunha

 Nasceu a 1 de Abril de 1792, radicando-se no Concelho da Golegã em 1817. Ainda muito jovem conseguiu criar um núcleo agrícola muito importante na região, constituido pela Quinta dos Álamos, na Golegã, a Quinta do Almonda, na Azinhaga e a Quinta do Castilho, em Vale de Figueira.

 Aos 20 anos percorreu grande parte da Europa, ensaiando posteriormente, e nomeadamente na Golegã, os novos métodos agrícolas que viu pôr em prática nos países que visitou.

 Numa altura em que a agricultura e a criação de gado em Portugal se encontravam num estado de abandono, Rafael da Cunha tinha horizontes longínquos, pois desde criança que estava ligado à lavoura albicastrense. Detinha capitais próprios, e o estudo pela digressão que havia feito permitiu-lhe entender os problemas agrícolas duma forma moderna e recorrer às inovadoras técnicas.

 A lavoura, sob a sua direção, progrediu, trabalhando com perseverança, semeando e criando gado de várias espécies, com maior incidência para o gado bravo e cavalar. Arrendou cada vez mais propriedades e sempre que possível foi adquirindo-as. Seria na Quinta do Almonda que instalaria o centro da sua Casa Agrícola, construíndo um palácio, no qual viria a falecer em 1868. A prosperidade desta Quinta atraia os pobres da região, que por passavam pedindo esmola. Rafael da Cunha tinha o hábito de lhes mandar dar brôa, motivo pelo qual foi substituído o nome da Quinta do Almonda pelo de Quinta da Brôa. Rafael da Cunha revolucionaria a agricultura ribatejana da época, sendo um dos maiores empresários agrícolas de Portugal, do século XIX, ficando conhecido pelo "Príncipe dos Lavradores de Portugal”.